O cruzamento de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) com registros do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), divulgado pelo governo federal, revela que a maior parte dos empregos formais gerados no Brasil entre janeiro e abril de 2025 foi ocupada por pessoas em situação de vulnerabilidade social. 5kp1m
Segundo o levantamento, dos 920.761 postos de trabalho criados no primeiro quadrimestre do ano, 689.378 foram preenchidos por pessoas cadastradas no CadÚnico, o que equivale a 74,9% do total. Dentro desse recorte, a maioria das vagas foi ocupada por mulheres, que representaram 56,6% dos contratados (390.353 pessoas), enquanto os homens ficaram com 43,4% (299.025 vagas).
A análise dos dados também mostra que, no total de empregos gerados no país no período, os homens ainda aparecem como maioria: 54,7% (314.301 postos), contra 45,3% (260.179) ocupados por mulheres. No entanto, entre os inscritos no CadÚnico, esse cenário se inverte, evidenciando o papel dos programas sociais na promoção do o das mulheres ao mercado de trabalho.
O impacto do Programa Bolsa Família no mercado formal também é expressivo. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2025, beneficiários do programa ocuparam 498.716 vagas com carteira assinada, ou 54,2% do total. Entre eles, novamente as mulheres predominam: 275.526 vagas (55,2%), contra 223.190 (44,8%) ocupadas por homens.
Em entrevista, o secretário de Inclusão Socioeconômica do MDS, Luiz Carlos Everton, atribuiu esses resultados às políticas de incentivo promovidas em parceria com o setor privado. “O público do Cadastro Único e do Bolsa Família têm conseguido maior inserção no mercado de trabalho de uma forma geral no Brasil, sendo prioritários por parte de muitas empresas que, com ações articuladas com o MDS, têm contribuído para a inclusão socioeconômica dos mais vulneráveis”, explicou.
O ministro Wellington Dias também comentou os dados, rebatendo preconceitos contra os beneficiários dos programas sociais. “Isso desmistifica a ideia de que os beneficiários de programas sociais não têm interesse em trabalhar ou prosperar. Pelo contrário, essas famílias estão buscando sua autonomia, demonstrando compromisso com o trabalho e com a construção de um futuro mais próspero".
"Os dados mostram que as pessoas do Bolsa Família e do Cadastro Único estão contribuindo para o crescimento das empresas e para o progresso do Brasil. É o governo Lula chegando junto para melhorar a vida dos brasileiros e brasileiras, com mais proteção social, emprego e renda", completou.
Comentários: 33o6h